Maranhense recrutado para o exército da Ucrânia, que estava desaparecido, se comunica com a família após quase 20 dias

  • 30/06/2025
(Foto: Reprodução)
Em uma mensagem enviada por aplicativo, ele tranquilizou a família: “Oi mãe, estou vivo graças a Deus, mas estou em missão”, disse Rafael. Momento que Rafael conseguiu falar com a família por vídeochamada Reprodução/ Redes Sociais Após quase 20 dias desaparecido, o maranhense Rafael Paixão, de 29 anos, recrutado para o exército da Ucrânia, conseguiu entrar em contato com a família no último sábado (28). Em uma mensagem enviada por aplicativo, ele tranquilizou a família: “Oi mãe, estou vivo graças a Deus, mas estou em missão”, disse Rafael. 📲 Clique aqui e siga o perfil do g1 Maranhão no Instagram Em entrevista ao g1, Neila Paixão, mãe do jovem, relatou o momento em que recebeu notícias do filho e o drama vivido pela família durante esse período. “No dia 28, recebemos a mensagem dele. Ele fez uma chamada de vídeo, mas não pôde falar muito porque o comandante estava ao lado dele”, contou Neila. Ela explicou que Rafael integra um grupo especial de resgate para o qual fez curso específico e atua em uma área considerada muito perigosa. “Eles são praticamente mercenários; esses povos da Ucrânia. Os estrangeiros vão para sofrer. Meu coração está apertado demais”, desabafou a mãe. Neila revelou ainda que Rafael foi influenciado pelos colegas que conheceu na Holando e acabou aceitando participar dessa missão. “Estamos com pouca comunicação desde então e só ficaremos em paz quando ele estiver em solo brasileiro’’, afirma a mãe. A repercussão do caso mobilizou pessoas dentro e fora do Brasil. Segundo a família, eles têm recebido apoio e mensagens de diversas pessoas, inclusive figuras públicas. A família chegou a enviar e-mails ao governo da Ucrânia e tinha reuniões agendadas com autoridades brasileiras para tentar obter informações enquanto Rafael estava desaparecido. “Esta semana já estava marcado um encontro em Brasília com o Ministro das Comunicações. Eu ia à embaixada de Moscou para saber se ele tinha sido capturado, essa possibilidade existia. Também planejava conversar com a embaixada da Ucrânia em Brasília. A embaixada brasileira na Ucrânia manteve contato diário conosco, mas não tinha informações concretas”, afirmou Neila. Segundo ela, o consulado brasileiro não fornecia um posicionamento claro sobre a situação do jovem. “A única certeza que davam era que Rafael estava morto.” Após a confirmação de que ele estava vivo por meio dos vídeos e mensagens recebidas pela família, veio o alívio misturado com sofrimento. “Foi muita tortura emocional. Ainda sentimos alívio por saber que ele está vivo, mas a angústia permanece’’, afirma Neila. Rafael teria informado que os militares queriam enviá-lo para outra missão contra sua vontade. “Ele está lá contra sua vontade. Se fosse por dez dias já teria voltado para casa. Já se passaram mais de 20 dias sem previsão de retorno.” A família chegou a planejar enviar um irmão ou irmã para tentar ajudá-lo na Ucrânia. A situação é delicada: “Ele continua em combate e só pode sair dali num carro-tanque, porque a área é muito minada. Se tentar fugir pode morrer pisando numa mina.” Por isso, os militares precisam garantir uma rota segura no deslocamento. Enquanto espera por notícias melhores e pelo retorno do filho ao Brasil, Neila resume o sentimento da família: “Estamos vivendo um desespero constante, mas não perdemos a esperança'', desabafa a mãe de Rafael. LEIA TAMBÉM: Maranhense recrutado pelo exército da Ucrânia sobrevive a bombardeio Rafael cursava Direito em uma faculdade particular de Imperatriz (MA), mas deixou os estudos em agosto de 2024 para viajar à Holanda com a namorada em busca de novas oportunidades. Na Holanda, após o término do relacionamento, ele decidiu se voluntariar para integrar o exército ucraniano na guerra contra a Rússia. Maranhense recrutado pelo exército da Ucrânia está desparecido Conflito Ucrânia x Rússia Em fevereiro de 2022, o presidente russo Vladimir Putin, autorizou a invasão da Ucrânia a partir de uma ação militar no leste do país, onde ficam as regiões separatistas reconhecidas pelos russos como independentes. São elas Donetsk e Luhansk. Há mais de 8 anos, as relações entre Rússia e Ucrânia vêm se deteriorando. Ucranianos derrubaram o presidente pró-Rússia e setores pró-Ocidente chegaram o poder. De acordo com lideranças europeias, o ataque é um dos piores momentos da Europa em quase 80 anos, período da 2ª Guerra Mundial. A guerra tem causado milhares de mortes, milhões de refugiados e grande destruição. A Ucrânia tem recebido apoio militar, financeiro e humanitário de países do Ocidente, como os Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia, enquanto a Rússia enfrenta sanções econômicas severas. Até hoje, o conflito continua sem uma resolução definitiva, com combates intensos principalmente no leste e sul da Ucrânia, e com tentativas diplomáticas ainda sem sucesso duradouro.

FONTE: https://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2025/06/30/maranhense-recrutado-para-o-exercito-da-ucrania-que-estava-desaparecido-se-comunica-com-a-familia-apos-quase-20-dias.ghtml


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