Abertas as inscrições para o Mestrado em Desenvolvimento Socioespacial e Regional da UEMA
13/10/2024
O programa tem a área de concentração Desenvolvimento Regional e Diversidade, com as seguintes linhas de pesquisa: Estado, Trabalho e Globalização; Movimentos Sociais, Território e Planejamento. Abertas as inscrições para o Mestrado em Desenvolvimento Socioespacial e Regional da UEMA
Divulgação/ UEMA
Estão abertas, até o dia 31 de outubro, as inscrições para seleção ao Curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioespacial e Regional (PPDSR), oferecido pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA).
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O programa tem a área de concentração Desenvolvimento Regional e Diversidade, com as seguintes linhas de pesquisa: Estado, Trabalho e Globalização; Movimentos Sociais, Território e Planejamento (saiba, abaixo, mais sobre as linhas de pesquisa).
Ao todo estão sendo oferecidas 15 vagas, as quais são destinadas aos graduados nas áreas de:
Ciências Humanas
Ciências Sociais Aplicadas
Ciências Agrárias e afins às linhas de pesquisa do PPDSR.
Informações sobre as inscrições e mais detalhes da seleção, estão no edital.
O Curso de Mestrado em Desenvolvimento Socioespacial e Regional funcionará em regime integral, de segunda a sábado, nos turnos matutino e vespertino, na Universidade Estadual do Maranhão, no Centro de Ciências Sociais Aplicadas, no Campus Paulo VI, em São Luís.
Linhas de pesquisa
a) Estado, Trabalho e Globalização:
Esta linha de pesquisa volta-se para o estudo do processo de produção e relações de trabalho, além da concepção de Estado como poder político e como instituição estratégica no processo de definição de políticas de desenvolvimento. Tal abordagem proporcionará uma análise crítica dessas políticas, em face da diversidade política, econômica, social, ambiental e cultural do Maranhão.
A perseguição desse objetivo exige uma interpretação de caráter multidisciplinar do processo de formação de um Estado que, historicamente, está situado na periferia do capitalismo mundial.
No âmbito desta linha de pesquisa, o Mestrado em Desenvolvimento Socioespacial e Regional estimulará a realização de estudos sistemáticos sobre o Maranhão contemporâneo, com ênfase nos impactos já produzidos com a implantação de grandes empreendimentos econômicos nos setores da agropecuária, madeireiro, minero-siderúrgico, especialmente no chamado corredor de exportação.
Os denominados grandes projetos, além de atingirem diversas territorialidades rurais, trazem impactos para as zonas urbanas, explicitando no âmbito da política as contradições sociais e ambientais que determinam o surgimento de movimentos sociais populares que reivindicam do Estado uma ação mais abrangente no tocante ao processo de desenvolvimento condizente com as dinâmicas produtivas locais e com os diferentes modos de vida coexistentes no território.
De tal forma, esta linha de pesquisa contribuirá para a análise crítica de uma região que, de forma subordinada, se integra a uma formação social dependente e marcada por processos totalizantes que se evidenciam por meio da profunda articulação existente entre as esferas local, nacional e transnacional.
b) Movimentos Sociais, Território e Planejamento:
Esta linha de pesquisa volta-se para o estudo dos movimentos sociais, das políticas territoriais e do planejamento a partir da consideração de aspectos socioespaciais, culturais, políticos e ambientais.
Concentra-se nas reflexões teóricas e na interpretação de situações empíricas que configuram o processo de definição das territorialidades, envolvendo diferentes interesses, tais como: o poder público, os setores empresariais e os grupos organizados em movimentos sociais populares, inclusive aqueles segmentos que não se enquadram em qualquer forma organizativa historicamente consolidada. Será considerada a análise da constituição e do significado dos movimentos sociais em sua interlocução com o Estado e seus aparatos governamentais.
A linha identifica e compreende a construção das chamadas regiões e territórios a partir da consideração das intervenções instituídas pelo poder público e dos grupos étnicos que demarcam fronteiras específicas nem sempre orientadas pelo critério geográfico.
Esses grupos, inseridos no contexto da diversidade regional da Amazônia, notadamente do Maranhão, afirmam suas diferenças a partir de relações próprias com os recursos naturais, tais como o sistema de uso comum das terras e de outros elementos de territorialidade. Serão considerados sob as perspectivas analíticas dos conflitos existentes pela definição dos critérios de classificação das fronteiras territoriais, assim como a legislação referente ao reconhecimento dessas territorialidades.
Uma via de análise será a avaliação do poder público e dos setores empresariais no que se refere ao cumprimento dessa legislação e o levantamento das novas demandas que estão sendo criadas a partir da organização coletiva que orienta a reivindicação de direitos, e em que medida essas intervenções contemplam os interesses e as expectativas desses grupos e da própria diversidade regional.